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Resumo
Contexto: a Cultura de Segurança do Doente (CSD) apresenta-se como uma componente estruturante da Qualidade em Saúde. Os enfermeiros, atendendo às suas crenças, competências e características do seu desempenho, influenciam-na em definitivo. Objetivos: caracterizar a Cultura de Segurança do Doente percepcionada por enfermeiros, em hospitais distritais. Metodologia: estudo quantitativo, descritivo-analítico e transversal, realizado a partir de questionário sobre CSD. Resultados: dos 136 profissionais incluídos, 55,1% tem menos de 44 anos. Quatro dos doze fatores da CSD revelaram-se “críticos/ problemáticos” e um “forte”. Dos 42 indicadores, cinco apresentam um percentual muito bom de respostas positivas (> 75%) e catorze apresentam-se “críticos/problemáticos”, com um percentual positivo inferior a 50%. Somente 46% dos enfermeiros atribui o grau de “muito bom” ou “excelente” à Segurança do Doente no seu serviço. O grupo dos 23-43 anos apresenta um percentual positivo inferior em nove fatores e superior num. Conclusão: a CSD apresenta-se como um fator crítico da Qualidade dos Cuidados, ao revelar apenas um fator forte. Estes profissionais revelaram-se céticos, sendo os mais novos menos positivos na sua apreciação. A Cultura identificada é caracterizada pelo paradigma da punição e ocultação do erro, com os enfermeiros convictos que, quando notificado, são eles o centro da atenção e não o evento. Palavras-chave segurança do doente; cultura de segurança; erro clínico; eventos adversos.
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