Efetividade de uma intervenção de base escolar sobre as práticas alimentares em estudantes do ensino médio

Autores

  • Filipe Ferreira da Costa Federal University of Santa Catarina. Postgraduate Physical Education Program. Florianópolis, SC. Brazil.
  • Maria Alice Altenburg de Assis Federal University of Santa Catarina. Postgraduate Nutrition Program, Florianopolis, SC. Brazil
  • David Alejandro González-Chica Federal University of Santa Catarina. Postgraduate Collective Health Program. Florianopolis, SC. Brazil.
  • Carla de Oliveira Bernardo Federal University of Santa Catarina. Postgraduate Collective Health Program. Florianopolis, SC. Brazil.
  • Mauro Virgílio Gomes de Barros Pernambuco University. Federal University of Paraíba. Associate Postgraduate Physical Education Program. Paraíva, PB. Brazil.
  • Markus Vinícius Nahas Federal University of Santa Catarina. Postgraduate Physical Education Program. Florianopolis, SC.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16s1p36

Resumo

Intervenções durante a adolescência são importantes para modificar a exposição a condutas alimentares de risco que contribuem para o desenvolvimento precoce da obesidade e de outras doenças crônicas não transmissíveis, como o excessivo consumo de alimentos de alta densidade energética e baixa quantidade de micronutrientes. O objetivo desse estudo foi avaliar a efetividade de uma intervenção de base escolar nas práticas alimentares de estudantes do ensino médio noturno. Intervenção randomizada e controlada, realizada em 2006, em duas capitais brasileiras (Florianópolis e Recife). A intervenção envolveu estratégias múltiplas para melhorar a alimentação e promover a atividade física. A frequência de consumo semanal de frutas, hortaliças, laticínios, salgadinhos, doces e refrigerantes, a frequência de consumo diário de frutas e hortaliças e os estágios de mudança de comportamento para consumo de frutas e hortaliças foram investigados mediante aplicação de questionários. Foram incluídos 2155 estudantes (idade média ± DP = 18,4 anos ± 2,4) na linha de base, dos quais 989 completaram o estudo. Após a intervenção houve maior frequência de consumo de verduras (p=0,008) e menor frequência de consumo de doces (p=0,032) e refrigerantes (p=0,003) no grupo intervenção, comparado ao controle. A mudança nos estágios de comportamento foi também favorável ao grupo intervenção (p=0,016). As análises de regressão mostraram efeitos positivos no atendimento às recomendações de consumo de verduras (RO = 1,54 IC95%: 1,19-1,97) e mudanças favoráveis na diminuição do consumo de doces (RO = 1,21 IC95%: 1,02-1,43) no grupo intervenção, comparado ao controle. Foram verificados efeitos positivos nas práticas alimentares dos estudantes como resultado do Projeto Saúde na Boa.

 

Publicado

2014-05-08

Edição

Seção

Artigos Originais